SUPERA celebra a Semana Mundial do Cérebro

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Entre os dias 16 e 22 de março, o SUPERA promove no Brasil a Semana Mundial do Cérebro, lançada há 20 anos pela entidade americana Dana Foundation.

A ação vai mobilizar as 100 escolas do SUPERA, somando esforços com parceiros de todo o mundo (empresas, escolas, universidades, hospitais, grupos de advocacia, agências governamentais, organizações de serviços, e grupos de profissionais e afiliados).

A Semana Mundial do Cérebro é uma campanha global, com objetivo de despertar a consciência pública sobre a evolução e os benefícios de pesquisas sobre o cérebro.

Neste período, todos organizam atividades criativas e inovadoras em suas localidades para educar pessoas de todas as idades sobre o cérebro e o futuro das pesquisas na área.

Por que o SUPERA participa?

Em sintonia com a proposta da Dana Foundation, o SUPERA faz questão de endossar o coro nesta mensagem de esperança sobre as pesquisas que envolvem o cérebro.

Criado pelo brasileiro Antônio Carlos Guarini Perpétuo em 2006, o SUPERA tem um método estruturado de exercícios para o cérebro que desenvolve capacidades cognitivas (atenção, concentração, memória e raciocínio lógico), além de capacidades socioemocionais, consciência ética e cidadania. Com nosso curso, promovemos a qualidade de vida de crianças, adultos e idosos.

Nossa missão é levar às pessoas a experimentarem a emoção de pensar e agir de forma inovadora, desenvolvendo o potencial do cérebro e impulsionando uma forma incrível de viver.

Sabemos o quanto é importante investir em estudos que nos fazem avançar nos cuidados da mente e do cérebro. Acreditamos que, disseminando informações e conhecimentos, levamos ao público uma mensagem forte: podemos ter um cérebro produtivo e saudável.

Sobre a Dana Foundation

A Fundação Dana é uma organização filantrópica privada, comprometida com pesquisas avançadas sobre o cérebro, que educa o público de forma responsável sobre o potencial destas pesquisas:

Para desenvolver uma melhor compreensão do cérebro e suas funções; Para acelerar a descoberta de tratamentos para doenças do cérebro; Para combater o estigma de distúrbios cerebrais através da educação

Estratégias

A Fundação, criada em 1950, trabalha para atingir seus objetivos por meio de doações a instituições engajadas com pesquisas inovadoras em neurociência, e por meio de esforços de sensibilização do público. – Veja mais aqui

A Fundação promove o diálogo entre pesquisadores e o público leigo; fornece informações autênticas sobre os mais recentes avanços na pesquisa por meio de suas publicações gratuitas e sites; envolve as pessoas de todo o mundo através das Alianças e Semana Internacional do Cérebro (Brain Awareness Week); e destaca informações críticas sobre o cérebro através de sua mídia social. – Veja mais aqui

No cerne da filosofia da Fundação, está uma crença na importância da investigação científica e do engajamento do público na defesa das pesquisas sobre o cérebro. – Veja mais aqui

Você é um sonhador lúcido?

supera-online-voce-e-um-sonhador-lucidoO sonho lúcido é um pouco como se você se transportasse para uma segunda vida, uma vida que você escolheu, uma vida na qual as regras físicas e sociais do mundo real não existem, ou então uma vida que estivesse totalmente sob seu controle. Pouquíssimas pessoas têm esta capacidade de se manter consciente enquanto dormem. Mas, então, o que é preciso par ser um sonhador lúcido?

Se você procurar na internet, vai encontrar muitas dicas para experimentar sonhos lúcidos, mas pesquisadores alemães afirmam que esta habilidade está relacionada à capacidade de introspecção.Antes de mais nada, vamos definir melhor o termo. O sonho lúcido é a capacidade de estar consciente de que estamos sonhando e, inclusive, de conseguir influenciar este sonho. É portanto sonhar sabendo que se está sonhando, o que aliás é o desejo de muita gente.

Imagine você podendo realizar e viver coisas improváveis como encontrar Brad Pit ou Penélope Cruz, tornar-se presidente da República, voar como um pássaro ou atravessar uma parede.

Cérebro e introspeção

A introspecção faz parte do domínio mais amplo da metacognição. É a capacidade que todo mundo tem de acessar suas operações mentais, ser consciente de seus próprios processos cognitivos. Por exemplo, você ser consciente de cálculos intermediários ao resolver a conta 28+14. Ou ainda, ser consciente das razões que desencadearam em você um determinado comportamento.

Duas equipes de neurocientistas do instituto Max Planck, uma em Berlim e outra em Munique, estudaram a estrutura cerebral das pessoas capazes de experimentar o sonho lúcido com frequência. Ao medir os volumes de massa cinzenta em determinadas regiões do cérebro, principalmente no córtex pré-frontal anterior, que desempenha um papel importante na capacidade de introspecção, eles constataram diferenças significativas entre os sonhadores lúcidos e não lúcidos. Eles ainda constataram um nível de atividade cerebral mais elevado nos sonhadores lúcidos enquanto realizavam testes de metacognição.

Agora, eles tentam determinar o que é a causa e o que é a consequência… Os sonhadores lúcidos conseguem esta proeza porque são dotados de uma capacidade maior de introspecção ou seria o contrário? Para descobrir, os pesquisadores vão treinar voluntários para terem sonhos lúcidos e medir, antes e depois, sua capacidade de introspecção. Agora, é só esperar o próximo estudo!

 

Este artigo foi traduzido do site Happy Neuron da Scientific Brain Training, por Letícia Maciel

A sábia memória dos bebês

artigo_sobre_memoria_a_sabia_memoria_dos_bebesVocê está feliz, curtindo seu bebê recém-nascido. Você fala com ele, brinca e ele parece responder aos seus estímulos movimentando os braços e sorrindo. Mas você acha que só você vai conseguir se lembrar destes momentos privilegiados, porque o cérebro dele ainda não pode guardar lembranças na memória. Será que é isso mesmo?

Entre uma má ou uma boa lembrança, os bebês não hesitam. Os adultos precisam se esforçar para esquecer momentos ruins, já os bebês fazem isso automaticamente.  E se você está curioso para saber se seu filho vai lembrar os momentos que vocês passaram juntos, confira o resultado desta pesquisa:

Cientistas estudaram o comportamento de bebês de cinco meses. Nessa idade, é mais difícil para os cientistas realizarem pesquisas como esta, porque os pequenos não podem se expressar.

Mas os pesquisadores observaram desta vez a trajetória do olhar e o tempo de fixação do olhar em casa imagem. A experiência consistiu em mostrar aos bebês vídeos de pessoas falando em três entonações: uma muito carinhosa simpática, outra brava e a terceira, neutra.

Imediatamente depois eles mostravam uma figura geométrica, associada ao estímulo emocional. Para testar o grau de memorização, a figura geométrica era apresentava novamente, ao lado de uma nova figura, e esta cinco minutos mais tarde. E Finalmente, era apresentada novamente no dia seguinte.

Ao observar o movimento dos olhos alternando entre uma figura e outra, e sabendo que o tempo que ele ficava parado em uma figura refletia sua memorização, os pesquisadores viram que as formas associadas ao estímulo positivo (as pessoas simpáticas ao falar) tinham sido bem melhor retidas do que as associadas a estímulos negativos ou neutro.

O professor Brock Kirwan, coautor do estudo, afirma assim que o efeito positivo amplifica as funções de atenção e de alerta dos bebês.

“Realçando estas funções, aumentamos suas capacidades de memorizar as figuras geométricas.

 

Fonte: Este artigo foi traduzido do site original do SUPERAOnline, o Happy Neuron, desenvolvidos por neurocientistas do Scientific Brain Training de Lyon, na França

Seis dicas para cuidar da saúde do cérebro

seis dicasEstamos vivendo sob alto nível de estresse – mudanças econômicas, tensões familiares, overdose de tecnologia, demandas de trabalho, enfim, tudo gerando uma preocupação incessante.

Embora algumas pessoas já tenham aprendido a simplesmente lidar com isso, se não controlarmos a intensidade do estresse ele pode impactar nossa habilidade de pensar com clareza e tomar boas decisões, no curto prazo, e até mesmo prejudicar nosso cérebro no longo prazo.

Estudos recentes mostraram que estresse crônico pode levar à depressão e, inclusive, aumentar o risco de declínio cognitivo, trazendo sintomas de Alzheimer.

Por que? Sob estresse, o sistema límbico do cérebro – responsável pelas emoções, memória e aprendizagem – dispara um alarme que ativa a resposta de luta ou fuga, aumentando a produção de adrenalina e cortisol. Estas duas substâncias trabalham juntas para acelerar o ritmo cardíaco, o metabolismo e controlar a pressão arterial, melhorar a atenção, o sistema imunológico, a resposta anti-inflamatória e a resistência à dor – tudo o que você precisa quando sua vida está em jogo… tudo o que você precisa para ter qualidade de vida.

Então, sob estresse constante, o corpo não consegue reagir bem, manifestando doenças como diabetes e pressão alta. Estes eventos bloqueiam a formação de novas conexões neuronais no hipocampo, a parte do cérebro responsável por decodificar novas memórias. Quando novas conexões são bloqueadas, o hipocampo pode realmente diminuir de tamanho, o que dificulta a memória.

Muito estresse pode nos deixar “esquecidos, desmotivados e mentalmente exaustos. Então, aqui vão algumas dicas para você limitar efetivamente o nível de estresse e aumentar sua resiliência emocional, para que não apenas você tenha um melhor desempenho no dia a dia como também proteja seu cérebro dos efeitos nocivos do estresse.

1.   Faça exercícios: Você pode até estar cansado desta recomendação, porém não é à toa que ela aparece em todo lugar. Isto é uma das coisas mais eficazes que você pode fazer para aliviar o estresse e ter qualidade de vida. Para ter sucesso, é importante conscientizar-se. Praticar atividade aeróbica regularmente promove boas noites de sono, reduz a depressão e aumenta a autoconfiança, através da produção de endorfinas, os hormônios do bem-estar. Estudos mostraram que o exercício ajuda a construir novos neurônios para neutralizar os efeitos do estresse. Uma pesquisa de 2012 descobriu que as pessoas que se exercitavam pouco apresentaram maior atrofia relacionada ao estresse do hipocampo (parte do cérebro que armazena as memórias) na comparação com aquelas que se exercitavam mais.

2.   Relaxe: Parece muito fácil, não é? Mas relaxamento por meditação, tai chi, ioga, uma caminhada na praia e o que for preciso para aquietar a mente e fazer você se sentir mais calmo pode diminuir a pressão arterial, o ritmo da respiração, e a tensão muscular. Meditação é extremamente benéfico para a administração do estresse e para a construção da resiliência mental. O contato com a natureza também tem um efeito restaurador e melhora a função cognitiva. Então deixe um pouco a esteira de lado e vá para o parque do bairro.

3.   Socialize-se:  Quando o estresse toma conta, a primeira coisa que a gente pensa é em ficar em casa, e as relações pessoais ficam em último plano. Mas estudos científicos mostram que as relações pessoais, as interações sociais, são fundamentais para a saúde física e mental. Criar um ambiente saudável em casa, convidando amigos e familiares, ajuda a combater o estresse e a exercitar o cérebro.

4.   Mantenha o controle: Estudos mostram uma relação direta entre o sentimento de capacidade e controle do estresse. Acreditar que você é capaz de controlar uma situação difícil te ajuda a reduzir o estresse crônico e te dá confiança para assumir o controle da saúde do seu cérebro. Alguns videogames e aplicativos baseados em variação do ritmo cardíaco podem ser bons para você aprimorar a capacidade de controlar seu nível de estresse.

5.   Dar risadas: Nós sabemos por experiência própria que dar boas risadas faz-nos sentir muito melhor e isto é cada vez mais comprovado por estudos da ciência. O riso reduz o estresse, ajudando no controle dos níveis de adrenalina e cortisol. Divertir-se com amigos é um hábito que coloca em prática duas coisas que contribuem para a saúde do cérebro.

6.   Pense positivo: Um estudo da Universidade de Harvard fez um grupo de alunos acreditar que o estresse que eles sentem antes de uma prova pode ajudá-los a ter um desempenho melhor. O outro grupo, que não foi induzido a pensar desta forma, teve notas melhores em testes posteriores. Conclusão: a simples forma de olhar para as coisas, fazer um balanço positivo da sua vida e aprender a viver com gratidão, melhora sua capacidade de gerir o estresse e aumentar a capacidade de resiliência do cérebro.

 

Este artigo foi extraído do site americano SharpBrains, e o que o SUPERA pode acrescentar a estas informações são os resultados de alívio do estresse observados nos alunos que exercitam o cérebro.

O método SUPERA, que é aplicado em mais de 100 escolas pelo Brasil, inclui o uso de jogos de tabuleiro, jogos online, apostilas com desafios para o cérebro, e dinâmicas de grupo que desenvolvem funções cognitivas e promovem interação social, relaxamento, autoconfiança e saúde mental.

Fonte: http://sharpbrains.com/blog/2013/05/20/six-tips-to-build-resilience-and-prevent-brain-damaging-stress/

 

Depoimento Thyago Vidovix

Aqui apresento as minhas razões para se utilizar o Supera Online e conto uma piadinha para mostrar como o raciocínio e a memória são importantes nessas horas.

Aqui apresento as minhas razões para se utilizar o Supera Online e conto uma piadinha para mostrar como o raciocínio e a memória são importantes nessas horas.

https://www.youtube.com/watch?v=4Cr3jeJLwIA

Treinamento cerebral pode retardar sintomas do Alzheimer

treinamento-cerebral-pode-retardar-sintomas-do-alzheimer-supera-onlineO Alzheimer é um dos diagnósticos mais temidos entre pacientes da terceira idade. Ele destroi a mente das pessoas, sua personalidade e a noção de quem elas realmente são na essência. Ao menos por enquanto, não há nada na medicina moderna que pode ser feito para deter a doença. Estudos realizados pelo Instituto Karolinska, na Suécia, mostraram no entanto fortes evidências de que podemos retardar os sintomas da doença com exercícios físicos, exercícios para o cérebro, interações sociais e alimentação rica em frutas e vegetais, além do monitoramento dos mesmos fatores de risco das doenças cardiovasculares.

A má notícia: o Alzheimer é inevitável para as pessoas que já foram diagnosticadas com a doença. A boa notícia: pessoas que estão em fase avançada da vida e apresentam alto risco de manifestar o Alzheimer têm chances de retardar o problema, mudando seu estilo de vida. Nestes estudos, os pacientes tinham entre 60 e 77 anos.

“Esta é uma informação muito importante”, disse Miia Kivipelto, líder do grupo de pesquisadores, que apresentou o estudo no encontro anual da Associação de Alzheimer 2015. “É possível fazer algo pelo seu cérebro quando você tem 70 anos de idade”.

O Estudo de Intervenções Geriátricas para Prevenção das Funções Cognitiva foi realizado com 1260 pessoas, na Finlândia, que apresentavam alto risco de demência e tinham desempenho cognitivo mediano ou atrasado em dois anos em relação à idade. Eles foram divididos em dois grupos.

Um, o grupo de controle, recebeu aconselhamento médico especial e passou por testes cognitivos regulares. O outro grupo passou por uma bateria de intervenções.

Durante os tratamentos

Os voluntários participaram de sete sessões em grupo e três individuais de nutrição, com foco em aumentar o consumo de frutas, vegetais e peixes, e evitar gordura saturada.

Exercícios físicos intensivos. Três meses antes do estudo, eles começaram a fazer musculação uma ou duas vezes na semana. Durante o estudo, o treinamento foi intensificado para duas ou quatro vezes por semana. E posteriormente o treino cardiovascular aumentou para cinco a seis vezes por semana.

Eles fizeram também exercícios de treinamento cognitivo. Isto foi feito em 11 sessões em grupo durante o estudo, além de inúmeros treinamentos individuais.

Para controlar riscos de doenças do coração, como pressão alta e colesterol alto, eles passavam em consulta com uma enfermeira a cada três meses, e fizeram três avaliações com um treinador físico em um período de três anos.

Os benefícios destas intervenções foi medido com uma bateria de testes para a memória, função executiva e velocidade de pensamento.

Até agora, os estudos destes gênero não trazem informações exatas, diz Kivipelto, porque combinam diferentes testes em um só. Mas o que está claro é que após dois anos de tratamento, os ganhos são significativos, inclusive para o cérebro.

Na comparação entre os dois grupos, os pacientes que receberam treinamentos tiveram resultados melhores de forma global.

“Há anos sabemos que praticar exercícios físicos (3 vezes na semana, durante 30 minutos, no mínimo) é melhor do que nada ou até mesmo bom para evitar declínio cognitivo. Seria mais fácil se tivéssemos uma pílula para isso, mas não temos!”, escreveu Samuel Gandy, diretor do Centro para Saúde Cognitiva e Neurologia de Monte Sinai, por e-mail, após analisar os resultados do estudo. Ele acredita que futuramente poderemos ter novos recursos para conseguir benefícios extras com exercícios.

Uma grande questão que precisamos responder nos próximos estudos é ‘de que forma diversos tipos de tratamento (treinamentos e testes) afetam a saúde mental dos pacientes?’.

E depois: estes tratamentos funcionam tão bem em Ohio quanto na Suécia? E quais são os resultados de longo prazo dos exercícios para o corpo e dos exercícios para a mente?

O estudo ainda acompanhará os pacientes por sete anos, na tentativa de encontrar novas respostas para nós.

 

Este texto foi extraído da revista americana Forbes de Julho de 2014

O segredo da longevidade

O-segredo-da-longevidadeUma vida social saudável pode ser tão boa para a longevidade quanto evitar cigarros, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo jornal PLoS Medicine.

Pesquisas feitas na Brigham Young University e Universidade do Norte da Califórnia reuniram dados de 148 estudos sobre a relação entre a saúde e as relações sociais – todo o trabalho de pesquisa sobre o tema que poderiam encontrar, envolvendo mais de 300 mil homens e mulheres de todo o mundo – e descobriram que as pessoas que tinham más conexões sociais tinham, em média, 50% mais chances de morrer do que as pessoas com bons vínculos sociais.

De acordo com os autores das pesquisas, este aumento na longevidade é quase tão grande quanto à diferença de mortalidade observada entre fumantes e não fumantes. E é maior do que as diferenças no risco de morte associado à falta de exercício e à obesidade. “Não são apenas alguns estudos aqui e ali”, diz Julianne Holt- Lunstad , principal autor do estudo e professor de psicologia na Universidade Brigham Young.

“Eu espero que haja o reconhecimento da comunidade médica, a comunidade de saúde pública e até mesmo o público em geral sobre a importância disso”.

O “efeito amigo”, como chamaram, não parece variar de acordo com sexo ou idade, nem apareciam em pessoas solitárias extraordinariamente sensíveis a qualquer uma doença em particular.

Mas se é verdade que “nós conseguimos viver mais com uma pequena ajuda de nossos amigos”, então como isso acontece? Ou seja, como a integração social – medida por questionários sobre amigos, tamanho da família, estado civil e número de moradores do domicílio – influencia ao longo da vida?

A verdade é que ainda não sabemos exatamente. “A evidência crítica da relação dos processos psicossociais com a saúde surgiu somente nos últimos 10 ou 15 anos – ainda que muitas teorias sobre isso tenham aparecido a partir dos anos 70”, diz o professor de psicologia Bert Uchino no Universidade de Utah.

Um fato curioso que comprova esta relação é que nós nos voltamos para a família e para os amigos quando estamos doentes – ajudando a manter o controle dos remédios e preparar as refeições. Cuidar dos outros também pode nos levar a cuidar melhor de nós mesmos. “Um bom exemplo é alguém que tem um filho”, diz Uchino. Essa nova ligação é muitas vezes o ímpeto para parar de fumar, beber menos ou para conter qualquer atividade de risco.

Mas a influência de laços sociais pode ser ainda mais poderosa. Relações sociais podem ajudar nossos corpos a se ajudarem.

Estudos recentes mostram que, em uma situação estressante, a pressão do sangue e do coração aumenta quando as pessoas são acompanhadas por outras. Imagens do cérebro também mostram diferenças neurológicas entre uma pessoa que está sozinha e uma pessoa que tem apoio em uma situação tensa induzida pelo laboratório: a atividade cerebral no córtex cingulado anterior, uma região ativada em momentos de estresse, é atenuada quando as pessoas têm um amigo ou parente ao lado.

É bom ter a mãe em momentos de tensão

E não é apenas estresse adulto. Em um experimento publicado recentemente, crianças que foram autorizadas a falar com suas mães depois de um encontro estressante mostraram aumento dos níveis de oxitocina, um neurotransmissor que diminui a resposta ao estresse hormonal, em comparação com crianças que não tiveram contato com as suas mães.

Em um dos mais famosos experimentos de saúde e vida social, Sheldon Cohen, da Carnegie Mellon University, expôs centenas de voluntários saudáveis ao vírus do resfriado comum. Em seguida, eles foram colocados em quarentena por vários dias. Cohen mostrou que os participantes do estudo com mais conexões sociais e mais diversidade de redes sociais – ou seja, com amigos de diversos contextos sociais, como trabalho, igreja e esportes – foram menos propensos a desenvolver um resfriado do que os participantes socialmente isolados do estudo.

Cultive amizades

O sistema imunológico de pessoas com vários amigos trabalhou melhor, combatendo o vírus. Estudos sugerem que o que a resposta imunológica pode ser afetada pelos hormônios do estresse – catecolaminas e glicocorticóides – e uma boa vida social afeta, assim, o sistema imunológico, ajudando as pessoas a manter o estresse fisiológico em cheque.

Mas transformar as pesquisas em conselho médico não é fácil. “É difícil legislar relações sociais”, diz Holt-Lunstad. “E todos sabemos que alguns relacionamentos são melhores que outros e nem todos são inteiramente positivos”.

Desde que o novo estudo de “Holt-Lunstad analisou a associação entre o risco de mortalidade e a quantidade de relacionamentos, ao invés da qualidade, ela se pergunta se não veríamos benefícios ainda melhores se nos concentrássemos apenas nas boas relações.

Reforçar essas conexões pode ajudar as pessoas a ficarem mais saudáveis do que tentar construir conexões entre completos estranhos. “Precisamos prestar mais atenção às relações que ocorrem naturalmente”, diz Holt- Lunstad.

 

Este artigo foi extraído e traduzido do site da Dana Fondation